Quimioterapia: 6 perguntas para o início do tratamento
Realizar um tratamento oncológico é muitas vezes desafiador. Por esse motivo, entendemos que esse processo pode ser menos um pouco mais fácil se cada paciente souber o que pode enfrentar.
Em Manaus, o IOAM através de uma equipe certificada, apresenta as perguntas certas que você terá que fazer para se sentir mais preparado para o um melhor enfrentamento da quimioterapia.
1) Qual é meu plano de tratamento?
Nunca compare seu tratamento com outras pessoas na fila de espera do consultório.
Há vários tipos diferentes de quimioterapia. Seu tratamento pode compreender 1 droga ou uma combinação delas. Saiba os nomes de cada uma, bem como a denominação dada ao esquema da combinação. Isso lhe deixará mais seguro sobre o planejamento, e até lhe dará o conteúdo correto para pesquisar informações adicionais que sejam úteis.
Também é importante ter em mente o período planejado para o seu tratamento, pois geralmente as quimioterapias costumam ser divididas em “ciclos”. Isso significa que ela será aplicada regularmente em intervalos de dias ou semanas entre uma e outra. Por exemplo, digamos que sua quimio ocorrerá no dia 1 e dia 8, a cada 21 dias (3 semanas) em um total de 6 ciclos. Então seu tratamento durará cerca de 18 semanas (multiplique 6 ciclos por 3 semanas). Sabendo dessa informação, você poderá olhar sua vida adiante e planejar uma merecida viagem, entre outras atividades.
2) Que tipo de efeito colateral posso ter?
Muitos pacientes podem apresentar efeitos indesejáveis como perda dos cabelos, cansaço, náuseas, durante o tratamento. Mas importante, o tipo específico de efeito vai depender do protocolo realizado e da sensibilidade específica de cada um. Então, preste muita atenção quando seu médico for explicar sobre os sintomas que você pode apresentar.
3) Como eu posso controlar o efeito colateral da minha quimioterapia?
Discuta, tire dúvidas sobre que efeito mais lhe preocupa com seu médico, com a enfermeira oncológica durante as aplicações, e também com o nutricionista, quando esses efeitos envolverem perda de apetite e ânsia de vômito com certos alimentos.
Seja precavido, caso a medicação cause queda de cabelos, pense em que proteção para o couro cabeludo gostaria de usar, ou caso se sinta melhor, encomende uma peruca. Esses passos pequenos tornarão mais fácil o enfrentamento das mudanças que acontecem no seu corpo durante a quimioterapia.
4) Por que via meu tratamento vai ser feito
Existem várias formas de administrar quimioterapia. A mais usada é a endovenosa, onde uma agulha penetra na veia acoplada a um fino tubo plástico, inserindo o medicamento, que é armazenado em um frasco acoplado ao mecanismo. Outros métodos podem incluir:
Quimioterapia oral: quer dizer que você vai tomar uma pílula ou tomar a medicação na forma líquida
Injeções: administradas dentro do músculo (intra-muscular) ou embaixo da pele (subcutânea)
Infusões intra-arteriais intra-hepáticas, onde através de uma equipe de vários especialistas a quimioterapia é injetada para tratar os tumores do fígado.
5) Quem eu devo contactar se tiver problemas?
Antes de começar sua quimioterapia, assegure-se de ter o número do serviço de oncologia, de seu oncologista e equipe de enfermagem. Com esses contatos você pode tirar dúvidas quanto à datas de tratamento, surgimento de novos efeitos colaterais, ou renovações de receita de medicação (como os sintomáticos para náuseas, por exemplo).
Lembre-se de que dúvidas quanto à tomada de quimioterápico oral podem ser sanadas também pelo farmacêutico da Oncologia.
6) Quando eu devo procurar o pronto-socorro?
Durante a quimioterapia existem certas situações em que o seu médico pode recomendar que você procure o serviço de emergência. Isso pode acontecer se:
-Temperatura axilar maior ou igual a 37,7oC
-Diarréia com mais de 6 episódios ao dia, o que pode levar a desidratação grave
-Vômitos com mais de 5 episódios ao dia, o que pode levar à desidratação grave
Porém lembre-se novamente: o organismo de cada um se apresenta de maneira particular, e cada caso clínico requer atenção diferenciada.
Portanto, mesmo se seu sintoma não se encaixa nas orientações acima, mas de alguma forma você sente que está mais fraco e debilitado, é importante travar contato com a equipe oncológica para maiores orientações e uma possível ida ao pronto-socorro.
Sua segurança de estar bem informado é fundamental na garantia de um tratamento tranquilo.